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Jardinagem e Paisagismo
Sex, 26 de Junho de 2015 11:29

Conheça um pouco mais sobre o setor de Jardinagem e Paisagismo do IFSULDEMINAS – Câmpus Muzambinho.

A arte de unir técnicas de jardinagem e paisagismo torna possível que variados tipos de plantas atuem como complemento da arquitetura e da distribuição urbanística na composição de cenários que embelezam pequenos e grandes espaços.

O IFSULDEMINAS – Câmpus Muzambinho conta com o setor de Jardinagem e Paisagismo que oferece serviços não só para o Instituto como também para a população do município de Muzambinho e Região.JeP 1

Coordenado pelo técnico Juliano Francisco Rangel o setor conta com duas estufas, viveiros, laboratórios e salas de aula. E a manutenção dessa estrutura fica sob cuidado de 8 funcionários no total.

Segundo Juliano, um dos objetivos do setor, além de cuidar do paisagismo do Câmpus Muzambinho, é o de levar conhecimento sobre o cultivo de plantas aos alunos do Instituto, aos visitantes de escolas estaduais e municipais e às pessoas da comunidade em geral.

Cerca de 550 diferentes tipos de espécies de plantas estão disponíveis no laboratório para estudos realizados por alunos dos cursos de Técnico em Agropecuária e Agronomia que participam de disciplinas sobre paisagismo e também alunos de Ciências Biológicas, Técnico em Meio Ambiente e demais cursos que façam pesquisas na área.

O setor produz cerca de 5 mil plantas por mês em seus viveiros, nos quais alunos e interessados em geral podem acompanhar o plantio e o desenvolvimento de orquídeas, bromélias, plantas crassuláceas e propagação vegetativa e botânica.

Conheça um pouco mais sobre cada estrutura disponível no setor.

Viveiro de Orquídeas ou Orquidário

JeP 33O atual orquidário do Câmpus é um desenvolvimento de um antigo projeto de viveiro de orquídeas que já era realizado no instituto. Segundo o coordenador do setor Juliano Rangel, há diversas espécies de orquídeas nativas da região sul mineira que estão em processo de extinção. Assim, o objetivo do viveiro em questão é o de realizar o levantamento de tais espécies e depois, como a devida autorização do IBAMA, semeá-las e cultivá-las de forma a possibilitar o estudo de matrizes para reintrodução da espécie em seu ambiente natural.

Após realizados os estudos, os integrantes do setor visam compartilhar todo conhecimento com os alunos e com a população de Muzambinho e região, a fim de proporcionar a difusão das informações e a conscientização das pessoas sobre a importância da reintrodução dessas orquídeas nativas que estão em risco de extinção. Com essa finalidade, o viveiro conta com a parceria da Polícia Militar Ambiental que auxilia na orientação da população sobre os procedimentos adequados para o plantio.

Viveiro de Bromélias ou BromeliárioJeP 72

O Bromeliário tem como principal objetivo identificar e proporcionar a reintrodução de algumas espécies de bromélias na natureza. Segundo Juliano Rangel, devido a formação cônica das folhas das bromélias, elas possuem a forma de um cone que é capaz de armazenar líquidos.

Essa capacidade de retenção de água é muito importante para sua sobrevivência, porém, esse acúmulo de água pode servir como criadouro do mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue. Assim, muitas pessoas têm retirado as Bromélias de seus jardins com medo da doença. Porém Juliano afirma que, quando plantadas de forma correta e feita a manutenção adequada, as bromélias não apresentam risco de servirem como criadouros do mosquito.

Dessa forma o bromeliário do Câmpus Muzambinho também visa educar a população sobre a forma como lidar com essa espécie de flor para garantir sua reintrodução adequada no meio ambiente.

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Viveiro de plantas Crassuláceas e Cactáceas

JeP 77A finalidade do viveiro de Crassuláceas é principalmente comercial. É aqui que se localizam as plantas que são indicadas para plantios residenciais, em locais com espaço limitado, em pequenos vasos ou até mesmo para quem necessita de plantas com maior resistência e menor necessidade de manutenção.

Há Crassuláceas que podem ser mantidas em áreas externas e outras em áreas internas, possibilitando que sejam utilizadas tanto na prática de paisagismo externo quanto na decoração de interiores.

Segundo o Biólogo Ramon Lamar, essa capacidade de adaptação das Crassuláceas se deve a sua capacidade de “armazenar água em suas folhas suculentas, ao contrário dos cactos que armazenam no caule (já que normalmente são destituídos de folhas)”.

Dessa forma essas plantas necessitam de pouca irrigação e sobrevivem em ambientes fechados. E através do plantio das Crassuláceas no viveiro, é possível que sejam verificadas quais as condições ideais para manutenção e que essas informações sejam passadas à população que busca opções para suas casas.

2015/06/crassuláceas{/gallery}

Viveiro de Propagação Vegetativa e Botânica

Esse viveiro tem como principal objetivo promover a manutenção do paisagismo de praças públicas, jardins, iniciativas de paisagismo promovidos por prefeituras, entidades e organizações sem fins lucrativos e do próprio IFSULDEMINAS - Câmpus Muzambinho colaborando também com atividades dos diversos setores do instituto.

Segundo o coordenador do setor de Jardinagem e Paisagismo Juliano Francisco Rangel, atualmente 90% da produção do viveiro destina-se a essas iniciativas de paisagismo em ambientes públicos e que beneficiem a sociedade como um todo.

Segundo Juliano, a manutenção de praças e jardins por exemplo, representa altos custos para prefeitura municipal. Assim as plantas e sementes cultivadas no viveiro de propagação vegetativa e botânica contribuem com de forma a reduzir tais gastos uma vez que o Câmpus Muzambinho oferece esse serviço gratuitamente.

Dessa forma o Instituto garante não somente a manutenção vegetal de ambientes públicos, como também a economia de investimentos municipais que podem ser revertidos para áreas como da educação e saúde, segundo Juliano.

O setor de ainda promove a conscientização, educação e formação de profissionais oferecendo práticas de melhoramentos em todo processo que vai desde plantio de mudas e sementes, até a manutenção da planta adulta.

Os 10% restantes da produção do viveiro de propagação são direcionados para a comercialização e quaisquer interessados de Muzambinho e região podem adquirir as plantas e ainda receber orientação sobre como cuidar de cada uma delas.

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Viveiro de Espera 

Nesta área encontram-se as plantas que precisam ser cultivadas em solo até o momento da realocação das mesmas no local escolhido. São exemplos de plantas que ficam nesse local de espera a Tuia azul (ou o conhecido pinheiro utlizado em decorações natalinas), quatro espécies de palmeiras, dentre outars espécies.

EstufasJeP 18

O setor de Jardinagem e Paisagismo ainda conta duas estufas que auxiliam no processo de produção de mudas e sementes do viveiro de propagação vegetativa e botânica que demandam atenção especial e controle de temperatura, umidade e demais indicadores climáticos.

Nas estufas também são cultivadas as chamadas plantas anuais que florescem de forma rápida e constante e necessitam de um ambiente controlado.

 

 

Laboratório de propagação ex vitro

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O Laboratório de propagação ex vitro proporciona que os alunos possam utilizar instrumentos para analisar a evolução das plantas cultivadas no setor. Dessa forma eles podem verificar os diversos estágios de uma planta desde seu plantio até a fase adulta e os fatores que influenciam seu desenvolvimento.

Os alunos ainda podem utilizar o espaço para realização de pesquisas e para desenvolvimento de novas tecnologias contribuindo com a evolução de áreas correlatas ao meio ambiente.

 

 

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Iniciativas do setor de Jardinagem e Paisagismo

O setor ainda promove uma série de atividades agendadas previamente durante todo o ano. Segundo o coordenador do setor, Juliano Rangel, os meses de janeiro a março são dedicados a cursos, palestras e práticas para orientação da sociedade sore o plantio de árvores em vias públicas.natal

Os meses de abril a junho são utilizados para promoção de atividades que garantam a conscientização da população sobre a importância da preservação do meio ambiente.

Já o mês de julho é reservado para manutenção interna do setor e os meses de agosto a setembro para visitas às escolas municipais e estaduais garantindo a conscientização de crianças e jovens que serão responsáveis pelo futuro da preservação ambiental.

De outubro a dezembro os funcionários do setor dedicam-se as comemorações natalinas. É nesse período que é feita a decoração e iluminação de todo o Câmpus Muzambinho. Segundo Juliano Rangel, esse é o momento no qual o setor busca despertar o espírito natalino nas pessoas que visitam o Câmpus e promover o humanismo, os benefícios de uma sociedade que convive em harmonia e o sentimento de cooperação entre as pessoas.

O Câmpus Muzambinho está com suas portas constantemente abertas para toda a população. Porém é nesse período natalino que reforçamos ainda mais o convite para que toda a sociedade venha conferir nossa decoração e conhecer a estrutura do instituto.

Conheça aqui algumas dessas iniciativas:

Renovação do paisagismo do Câmpus Muzambinho

Mostra de Jardinagem e Paisagismo

Projeto em parceria com a APAE

Iluminação Natalina

Iniciativas Sustentáveis

Em prol da redução dos impactos da produção do setor no meio ambiente, a estrutura da jardinagem e paisagismo do Câmpus Muzambinho ainda conta com diversas iniciativas sustentáveis.JeP 54

Como exemplo temos que parte da irrigação dos viveiros é realizada utilizando água da chuva. O setor possui duas caixas de água que armazenam a água da chuva e depois a distribui por parte dos viveiros para irrigação das plantas. Espera-se que até o final de 2015 toda a área do setor seja irrigada com esse sistema.

Os pavimentos construídos no setor também tem sua vertente sustentável uma vez que foram utilizados materiais reutilizados de áreas de desmanche para sua construção e para o calçamento de algumas vias. Assim como as bancadas dos viveiros que são construídas com telas que antes compunham as gaiolas do setor de cunicultura.

Outra iniciativa é a de produção de composto orgânico com a transformação de 100% do resíduo vegetal do Instituto. Cortes de folhas, grama, árvores e galhos são retirados durante a manutenção do paisagismo da escola, depois são levados ao pátio de compostagem onde são separados resíduos plásticos, pedras, dentre outros empecilhos da formação do composto.

Depois dessa separação os ramos são triturados e incorporados a 30% de fezes animais. Essa mistura é monitorada por 90 dias sendo hidratada e movimentada a cada 15 dias.

Após uma avaliação do estado físico da massa ela chega em seu processo final no qual ficará em observação por cerca de 60 dias até que se avalie o resfriamento adequado e o completo processo de decomposição resultando em um composto sem cheiro e mais homogêneo.

Segundo Juliano Rangel, esse composto traz benefícios como a inserção de aditivos no solo que o tornam mais poroso facilitando o desenvolvimento da planta e a retenção de água. Assim, a utilização do composto reduz a necessidade de irrigação e também a necessidade de aplicação de fertilizantes químicos.

TEXTO E FOTOS: Tatiana de Carvalho Duarte

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