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Reportagem Especial - 02
Sex, 12 de Junho de 2015 07:31

Há três anos o Labsoft promove o ensino, a pesquisa e a extensão em projetos de Tecnologia e Computação aplicada à Educação.

O Laboratório de Tecnologias de Software e Computação Aplicada à Educação - Labsoft - foi fundado em Junho de 2012 e desde então desenvolve projetos de pesquisa, ensino e extensão na área da Engenharia de Software e Computação Aplicada à Educação. Seu espaço físico, na sala 24 do Prédio da Informática, atualmente é usado por cerca de dez estudantes - entre o bacharel em Ciência da Computação e o técnico em Informática - que executam diversos projetos no Labsoft.

Um dos principais focos do Laboratório são os trabalhos que envolvem a área educacional aliada ao mundo tecnológico. Além dos alunos da Iniciação Científica, Intercambistas e Trabalhos de Conclusão de Curso, o Labsoft atua regularmente com três estagiários, todos da Ciência da Computação. Conta também com três professores pesquisadores e sete professores colaboradores, entre profissionais do Câmpus Muzambinho e de outras instituições de Ensino.

Os trabalhos e atividades feitos no laboratório são baseados nas seguintes linhas de trabalho:

  • Desenvolvimento Web e Web Semântica
  • Desenvolvimento de Jogos Educacionais para Plataforma Web
  • Gamificação e Processos de Aprendizagem
  • Educação em Computação
  • Computação Aplicada à Educação
  • Educação à Distância
  • Massive Open Online Courses (MOOCs)

Além das práticas educacionais, as iniciativas realizadas pelos alunos, professores e colaboradores já renderam diversas publicações em importantes Congressos nacionais e internacionais. Ano passado, por exemplo, a professora membro Aracele Fassbinder apresentou trabalhos relacionados ao Labsoft em um evento internacional, na Espanha, e outro nacional, no Mato Grosso do Sul - foto abaixo(clique nos links para saber mais).

Aracele foi uma das fundadoras do Labsoft e atuou como Professora Líder até Julho de 2014

O Labsoft foi fundado pela professora Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder (acima), que atuou como líder institucional até julho de 2014. "Todas as iniciativas realizadas deixam os professores e alunos mais próximos das atividades desempenhadas por cientistas, neste caso, cientistas da computação, que é o forte elo que nos une. Alegra-nos ainda mais, saber que estamos ajudando a construir a história da Computação Aplicada à Educação no Câmpus Muzambinho" reiterou a prof. Aracele.

A partir de julho do ano passado, a liderança do Laboratório está com o professor Ramon Gustavo Marques da Silva. Além deles, o professor Paulo César dos Santos também é membro. Como colaboradores, o Laboratório conta com o trabalho dos professores Adolfo Luís de Carvalho (Câmpus Muzambinho), Aline Marques Del Valle (Câmpus Muzambinho), Elenice Aparecida Carlos (Câmpus Poços de Caldas), Ellen Francine Barbosa (USP), Iara de Oliveira (Câmpus Muzambinho), Ieda Mayumi Sabino Kawashita (Câmpus Muzambinho) e Sandra Helena de Miranda (Câmpus Muzambinho).

Número de trabalhos e profissionais envolvidos

A dinâmica de trabalho entre professores, alunos e colaboradores envolve uma participação ativa de tudo que é desenvolvido no Laboratório. Para efetivar essas ideias, diversas reuniões, debates e seminários são realizados entre os envolvidos. "Além dos nossos encontros internos, nós realizamos bimestralmente um seminário aberto para divulgação e discussão daquilo que fazemos no Laboratório. É um espaço aberto até mesmo aos alunos dos TCCs feitos aqui no LabSoft, para que eles possam exercitar a apresentação e discutir os seus trabalhos", explicou o prof. Líder do laboratório, prof. Ramon Gustavo Marques da Silva (abaixo, à esquerda).

Ramon é o professor líder do Labsoft atualmente

Desde 2013, o Laboratório funciona na sala 24 do Prédio da Informática (antes disso, ocupava a sala 12) e toda a sua disposição foi idealizada para que funcionasse como um espaço no formato Coworking - um conceito que promove um local aberto e colaborativo, com diversos grupos trabalhando de forma autônoma, mas dentro de um mesmo ambiente físico.

Nesta lógica, três estagiários, com 20 horas de dedicação, trabalham nos períodos da manhã no LabSoft. Como já mencionado anteriormente, o espaço físico ainda é usado por mais outros estudantes que desenvolvem projetos vinculados ao laboratório.

Atualmente, em andamento, existem oito trabalhos de conclusão de curso, três projetos de extensão e dois projetos de pesquisa. Ao todo, o laboratório já promoveu o desenvolvimento de pelo menos 29 projetos - entre pesquisa (9), extensão (4), TCCs (12) e de execução básica (7).

Foco na Educação Tecnológica

A maioria das linhas de pesquisa é ligada à promoção e disseminação de práticas pedagógicas mediadas por Tecnologias da Informação e Comunicação. Com isso, todo o trabalho busca desenvolver um espaço de investigação, experimentação, prática, reflexão e difusão de informações entre professores, estudantes e quaisquer interessados nas Tecnologias de Software e Computação Aplicada à Educação - expressão que dá o nome ao Laboratório.

Ícaro tem trabalhos vinculados ao Labsoft desde o seu 2º PeríodoUma das atividades de pesquisa que está sendo realizada no momento é o "Protótipo de um sistema Hipermídia Adaptativo para suporte ao processo de ensino-aprendizagem". A ideia desse projeto é pesquisar e sugerir novas metodologias e perspectivas pedagógicas aos professores. O ensino aliado ao uso das novas tecnologias, por exemplo, tem sido um dos meios utilizados pelos docentes para auxiliar no aprendizado. No entanto, é necessário saber como implementar de forma efetiva esses novos métodos de ensino. E é neste ponto que o projeto está trabalhando.

Para isso, dois dos três estagiários do Labsoft já começaram um estudo de Tecnológicas de Informação e Comunicação (TIC). "Estamos desenvolvendo uma metodologia em forma de questionário para saber qual o nível de aprendizagem dos alunos. E depois dessas informações, trabalhar um banco de dados que auxilie, pedagogicamente, os professores do Câmpus", explicou o estagiário Ícaro Brito de Carvalho (foto), estudante do 5º período de Ciência da Computação.

Neste sentido, todos os trabalhos realizados no Labsoft levam em consideração toda a acessibilidade. "Nossa intenção sempre é fazer com que as informações sejam acessíveis para qualquer pessoa", completou Ícaro. Com essa visão aplicada ao trabalho do Protótipo, o questionário aplicado vai oferecer dados concretos que possibilitem ao professor saber quais são os diferentes perfis que existem nas salas de aula - alunos mais ou menos auditivos, visuais ou mais perceptivos.

Computador Interativo com Lousa Digital

Matheus Reis é um dos estagiários mais antigos do LabsoftNo ano passado, o Câmpus Muzambinho recebeu do Ministério da Educação 60 computadores para uso nas atividades didáticas. Esses aparelhos foram desenvolvidos como um dispositivo leve e portátil, fácies de serem levados pelos professores para as salas de aula. O equipamento contém teclado, mouse, portas USB, porta para rede wireless e rede PLC, unidade leitora de DVD e um projetor multimídia.

O Computador Interativo é uma máquina própria que permite apresentar conteúdos digitais armazenados, além de um sistema operacional com código-fonte aberto. Ele pode ainda operar como uma lousa digital, transformando a superfície de projeção em um quadro interativo. Todos esses dispositivos podem ser aproveitados pelos docentes para estimular o ensino e efetivar suas práticas didáticas.

Para auxiliar os professores no uso desses aparelhos, o LabSoft desenvolveu duas oficinas de treinamento nos dias 02 e 03 de dezembro do ano passado. Nestes dois encontros, apenas oito professores compareceram. "Fizemos um questionário para escolha das datas antes do evento e ainda assim, a procura dos professores foi baixa. Acredito que ainda possa existir alguma barreira entre os professores e as novas didáticas", relatou o estagiário Matheus Reis de Souza (foto), estudante do 5º período de Ciência da Computação, que ministrou a oficina.

Para preparar esse curso aos professores, Matheus estudou a fundo o Computador Interativo. A intenção foi mostrar todas as funcionalidades do aparelho que, pela sua tela digital, oferece uma ampla interatividade do professor com aquilo que está sendo exibido. O equipamento possui ainda uma série de aplicativos que podem despertar o interesse dos alunos: mapas geográficos interativos, tabela periódica de Química, calculadora com funções gráficas, lousa interativa para escrever, dentre outras funcionalidades que podem tornar as aulas mais interessantes e atrativas aos alunos.

Mais da metade dos computadores interativos do Câmpus Muzambinho estão parados. Por conta do potencial didático do aparelho e da baixa procura no minicurso ofertado no ano passado, o Labsoft estuda a possibilidade de realizar um novo treinamento no segundo semestre deste ano.

Confira algumas funcionalidades do Computador Interativo:

Minicurso no V Congresso Internacional de Tecnologia Educacional da ABT

No começo do próximo mês, de 01 a 04 de julho, acontece no Câmpus Muzambinho a quinta edição do Congresso Internacional de Tecnologia Educacional da ABT (mais informações do Congresso:clique aqui). Neste contexto, o LabSoft não poderia ficar de fora deste evento que vai debater as práticas de ensino aliadas às inovações tecnológicas.

Para isso, no primeiro dia do Congresso, os três estagiários e o professor líder do LabSoft vão ministrar um minicurso aos profissionais da educação que participarão do evento. O minicurso se chama "Formação do professor: ferramentas do Google para professores e profissionais de ensino".

Matheus Carvalho se interessou pelo Labsoft por conta dos trabalhos educacionais que ali são desenvolvidosO treinamento faz parte do eixo temático 2 que reúne minicursos que promovem a discussão em torno das Tecnologias de Informação e a Comunicação. Com duração de 07 horas, o curso vai apresentar as ferramentas do Google. O objetivo é contribuir nas tarefas de ensino e de avaliação sob diversos aspectos e promover a convergência digital.

"O curso vai mostrar as principais ferramentas do Google e como os profissionais da educação poderão utilizá-las para facilitar o ensino ou até mesmo a organização didática dos professores", explicou o estagiário Matheus Carvalho Barbosa, 3º período do Curso de Ciência da Computação. No momento, o LabSoft está preparando o material para esse minicurso que vai abordar: pesquisa web no Google, Google Drive, Google Docs, Google Translator, Agenda Google, Google Maps e Google Acadêmico.

Mesmo sendo o estagiário mais recente do Laboratório, Matheus Carvalho sempre conheceu os trabalhos voltados às áreas educacionais que o LabSoft desenvolve. Isso porque os trabalhos desenvolvidos ali sempre foram discutidos abertamente e divulgados em todos os eventos que abordam a tecnologia da Informação que acontecem no Câmpus Muzambinho.

Os alunos desenvolvem diversas habilidades no Labsoft

Além de tudo que é pesquisado e realizado no Labsoft, todas as ações são divulgadas no site do Laboratório que os próprios estagiários desenvolveram e são responsáveis pela manutenção.

Para mais detalhes e informações, acesse:http://labsoft.muz.ifsuldeminas.edu.br/

Texto e fotos: Lucas Constantino

Veja aqui todas as fotos que ilustraram essa reportagem:




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