Alunos do curso de Piscicultura (PRONATEC) visitam Peixaria em Monte Belo e Alterosa.

No dia 14 de junho, os alunos do curso de Piscicultura do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC realizaram uma aula prática nos viveiros de recria e engorda de Tilápias no sítio Quatis na cidade de Monte Belo (MG) e na Peixaria Lago e Mar em Alterosa (MG).

A visita técnica na peixaria faz parte da disciplina de "Preparo e Comercialização" do curso de Piscicultura. A matéria, ministrada pelo professor Filipe Silva Pereira, tem como objetivo apresentar conhecimento prático-teórico que vai desde a despesca até a apresentação do peixe processado ao consumidor.

Na aula prática, os alunos puderam ver que todo o processo de produção, industrialização e comercialização de peixes. Esse mecanismo está vinculado e voltado à oferta de um pescado com qualidade para o consumidor final.

Além disso, o conteúdo promoveu a visão de Gestão e Planejamento de cada fase. Para isso, os alunos tiveram a oportunidade de entender que a diversificação de produtos oferecidos pela peixaria é uma forma de atender diferentes mercados consumidores, necessitando assim de peixe de qualidade e padrão adequado.

A busca desse padrão para comercialização depende de vários fatores no manejo, mas esta preocupação deve começar com a escolha adequada dos alevinos. Isso porque os problemas de disponibilidade e má qualidade de alevinos tem impacto nos resultados financeiro do cultivo e em dificuldade de manejo.

A fim de entender e compreender esse processo, os estudantes e professores visitaram o Sítio Quatis - recria de alevinos - para conhecer a estrutura e manejo feito nesse tipo fornecedor de alevinos com maior porte. Normalmente, esse tipo de fornecedor os alevinos desenvolve o pescado no viveiro até atingirem um porte maior, antes de chegar até o produtor, e podem ser comercializados com 15g, 25g, 45g ou até mais, dependendo do público comprador.

Embora o produtor tenha um acréscimo financeiro na compra de melhores lotes de alevinos, isto se torna pouco relevante frente à importância da qualidade deste insumo no resultado da produção. O produtor deve considerar a possibilidade de pagar mais por alevinos de melhor qualidade, uma vez que os lotes baratos podem elevar os custos do produto final, por questões de mortalidade ou falta de uniformidade no crescimento dos peixes - o que atrasa o ciclo de produção comprometendo a programação de venda para as unidades consumidoras e desgastando a relação entre o fornecedor e produtor.

Aliando as características locais e os objetivos do produtor de peixes deve-se levar em conta benefícios de alevinos de melhor qualidade, pois podem superar o investimento inicial, principalmente no que diz respeito a maior sobrevivência e uniformidade dos lotes.

Associando manejo adequado e boa qualidade de alevinos, resta o cuidado com a água de cultivo - que é o ponto de partida para a produção de um bom pescado, pois é impossível produzir um excelente produto se o recurso hídrico não estiver dentro dos parâmetros exigidos. Frente disso, a visita tentou relevar esses diferentes pontos sobre a produção e fixar, de forma prática e visual, os conceitos sobre a qualidade da água na Piscicultura, além de realizar análises básicas para recomendação de manejo.

Texto: IFSULDEMINAS - Câmpus Muzambinho com informações do professor Ronei Aparecido Barbosa.

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