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MEC anuncia 75 mil bolsas de estudo no exterior
Seg, 13 de Junho de 2011 08:55

Programa “Ciência sem Fronteira” irá disponibilizar 15 mil bolsas de estudo para alunos dos Institutos Federais

No dia 7 de junho, foi realizada reunião no Ministério da Educação (MEC) com os secretários da SESU e da SETEC, bem como os presidentes da CAPES e CNPq, para apresentarem o programa “Ciência sem Fronteira” aos representantes das universidades e institutos federais do país. O programa oferecerá 75 mil bolsas para estudo no exterior até 2014 aos alunos que cursam desde o nível médio até o pós-doutorado, sendo esses estudantes beneficiados pelo programa de internacionalização. Dentre as bolsas, 15 mil estão reservadas aos alunos dos Institutos Federais, sendo divididas da seguinte forma:

  • 6 mil bolsas para alunos de cursos tecnológicos

  • 3 mil para alunos de cursos de licenciaturas

  • 3 mil para alunos de cursos de bacharelados

  • 3 mil para alunos de cursos técnicos

As bolsas serão oferecidas na modalidade de “graduação sanduíche”, onde o aluno poderá sair por seis a 12 meses para cursar disciplinas no exterior, bem como realizar pesquisas e estágios. “Não se trata de um rompante em que levaremos muitos estudantes ao exterior, mas de um grande projeto, que será institucionalizado pelo governo federal”, explicou Fernando Haddad, ministro da Educação.

À Capes, caberá a oferta de 40 mil bolsas, com estimativa de investimento em cerca de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos. O CNPq, por sua vez, será responsável por outras 35 mil bolsas. “Para ter ideia da amplitude do programa, basta comparar o número atual de bolsas concedidas em 2010 — 5,3 mil — às 75 mil que serão ofertadas em três anos”, ponderou Aloizio Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia.

Tecnologia — O novo programa pretende atender áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do país. Dada a escassez de mão de obra qualificada em engenharia e tecnologia, tais setores serão o ponto central da iniciativa. “São áreas em que o mercado de trabalho está aquecido e há déficit de pessoal”, observou Mercadante. “Para cada 50 formandos no país, temos apenas um engenheiro.”

Texto: Narayana de Deus Nogueira