Estudante de Ciências Biológicas desenvolve pesquisa no Zoológico de Piracicaba

O interesse pelo comportamento dos animais levou o estudante do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho, Matheus de Castro, 18 anos, a se envolver com um trabalho de pesquisa durante suas férias escolares, em janeiro. Aluno do segundo período do curso de Ciências Biológicas, Mateus passou algumas semanas frequentando o Zoológico Municipal de Piracicaba, cidade onde mora sua família, para estudar o sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroy), espécie de primata que pesa cerca de meio quilo.

Ele conta que decidiu desenvolver o trabalho para “vivenciar e praticar” os conceitos aprendidos em sala de aula. Durante o projeto, observou, por exemplo, como funciona a hierarquia do grupo. “A fêmea mais velha tem total autoridade, tendo prioridade na alimentação e reprodução, as técnicas que eles utilizam para procurar insetos utilizados na alimentação também é bem interessante, pois eles chegam a procurar nas raízes, cascas e folhas das arvores”, conta.

Para iniciar o trabalho no zoológico, Matheus teve a ajuda da professora Jane Piton, que ministra a disciplina de Etologia, ciência que estuda o comportamento animal. Após receber sugestões da professora, ele decidiu escrever um projeto no qual o sagui-da-cara-branca seria objeto de estudo, por ser uma espécie endêmica do Sudeste brasileiro, que possui poucos estudos de seu comportamento animal.

Com o projeto aceito, o aluno pôde colocar em prática o que aprendeu durante o primeiro período. “Pude utilizar todo o conhecimento obtido na disciplina de Etologia, como as etapas necessárias para analisar o comportamento, os tipos de comportamento, como diferenciá-los etc. Foi tudo muito bem explicado durante as aulas, o que facilitou muito o projeto.” Além disso, Matheus contou com a ajuda dos profissionais do Zoológico de Piracicaba. “Me ajudaram muito, toda a equipe é muito competente. Além de darem apoio no desenvolvimento do projeto, me mostraram a rotina do zoológico, achei fantástico o cuidado e manejo com os animais silvestres em cativeiro.”

O próximo passo será desenvolver um estudo mais aprofundado da espécie com as informações obtidas. Os resultados encontrados estão sendo analisados por ele, com a ajuda dos professores.