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Ter, 08 de Fevereiro de 2011 09:26 |
Pesquisa desenvolvida no IFSULDEMINAS receberá fomento de R$ 20 milUma proposta de pesquisa a ser desenvolvida na Faculdade de Educação Física do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho acaba de ser aprovada em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Intitulado como “Análise do tecido ósseo subcondral, cartilagem articular e líquido sinovial por meio da Espectroscopia Raman: um estudo ex vivo em modelos experimentais de osteoartrose”, o projeto será coordenado pelo professor Renato Aparecido de Souza, com apoio financeiro de R$ 20 mil. Segundo o professor, com o fomento da Fapemig, será possível adquirir equipamentos necessários para a montagem de um laboratório, capaz de dar subsídios à criação de uma nova linha de pesquisa no IFSULDEMINAS. O objetivo do estudo é caracterizar, por meio da Espectroscopia Raman (uma técnica usada na determinação de estrutura molecular), os componentes mineral e orgânico do tecido ósseo subcondral, da cartilagem articular e do líquido sinovial em modelos experimentais de osteoartrose. Renato Souza explica que a pesquisa será realizada com a cooperação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), onde a fase experimental ocorrerá. “Essa cooperação é um passo importante para a evolução do curso de Educação Física do IFSULDEMINAS, pois permitirá aos discentes envolvidos no projeto uma nova vivência acadêmica”, destaca o professor. A osteoartrose é uma doença crônica-degenerativa, que se manifesta por dor, rigidez e limitação da função articular, decorrente de perda progressiva e reparação inadequada da cartilagem articular e osso subcondral. No Brasil, ela afeta aproximadamente 37% da população idosa e ocupa o terceiro lugar na lista dos segurados da Previdência Social que recebem auxílio-doença, ou seja, 65% das causas de incapacidade, estando atrás somente das doenças cardiovasculares e mentais. Atualmente, o diagnóstico da osteoartrose é realizado com base na impressão clínica global do paciente (dor e rigidez articular, edema, disfunção e presença de deformidades) e dados radiográficos (redução do espaço articular, osteófitos, cistos e esclerose subcondral). Contudo, tem sido reportada alguma discrepância entre os sintomas do paciente e os achados radiográficos. Dessa forma, para que haja maior eficiência no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento, novas ferramentas com mais objetividade de análise necessitam ser investigadas e validadas. |