Estudantes do Campus Muzambinho promovem treinamento com estudantes da Caparaó Júnior do IFES.

Entre os dias 22 a 27 de outubro, sete estudantes da Caparaó Júnior do IFES - Campus Alegre realizaram um treinamento no Laboratório de Qualidade do Café do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho. A capacitação acontece por meio de uma parceria entre os dois institutos com o desenvolvimento do trabalho "Grãos do Caparaó". A Caparaó Jr é uma empresa júnior do curso superior de Tecnologia em Cafeicultura da instituição capixaba.

A iniciativa investiga uma denominação das origens dos cafés produzidos na região do Espírito Santo. Para realizar o estudo do perfil físico e sensorial desses cafés, o Campus Muzambinho analisa os grãos produzidos nas propriedades capixabas atendidas pela empresa júnior.

"Dentre os Institutos Federais, o Campus Muzambinho é o que possui a melhor infraestrutura e o melhor pessoal para análise sensorial e física de café do Brasil”, declarou o prof. João Batista Pavesi Simão, que coordena o projeto. Coordenado pelo prof. José Marcos Angélico Mendonça, o treinamento foi desenvolvido também por estudantes que integram o Projeto SOMA. "Desde o início do projeto, fizemos um trabalho voltado aos aspectos sensoriais do café do Espírito Santo", explicou um desses discentes que desenvolveram a capacitação, Tadeu Silva Pereira do 8º período da Engenharia Agronômica.

Durante os dias que a equipe esteve no Campus Muzambinho, eles debateram sobre origem de defeitos, classificação física do café, preparo de amostras, torra de amostras, processamento e pós-colheita, orientação sobre equipamentos e, por fim, degustação de cafés.

Aprovada em dezembro de 2013, a pesquisa acontece desde o ano passado e busca encontrar os aspectos que podem influenciar a qualidade do Café. "É a segunda vez que estamos provando os cafés do Espírito Santo. As provas acontecem sempre a participação de alunos e degustadores profissionais. Neste momento, o envolvimento dos estudantes é muito valioso", contou o Engenheiro Agrônomo convidado, José Carlos Fante Neto, que é formado no Campus Muzambinho (foi extensionista do Projeto SOMA) e atualmente trabalha como provador de Café em uma fazenda de Três Pontas.

Esse projeto oportuniza aos estudantes conhecerem uma realidade diferente da encontrada no sul de Minas Gerais. "O Espírito Santo é uma região muito diferente da nossa, o que renova as nossas ideias, pois entramos em contato com produtores e estudantes com outras dificuldades. Essa troca de informações enriquece o nosso aprendizado", concluiu o estudante Marcus Vinicius do Carmo - 5º período do Tecnólogo em Cafeicultura.

A capacitação foi direcionada aos estudantes que integram a empresa júnior "Caparaó Jr" que realiza um trabalho semelhante ao Projeto SOMA do Campus Muzambinho com cafeicultores do Espírito Santo.

"Tive interesse em participar assim que surgiu a oportunidade de vir aqui a Muzambinho, pois é um momento de muito aprendizado num local de excelência sobre degustação de cafés", revelou a estudante capixaba Ayanna Patrícia Alves de Lima (6º período em Tecnologia em Cafeicultura do IFES) que pretende ser provadora de café.

CONHEÇA O PROJETO GRÃOS DO CAPARAÓ

O Projeto Grãos do Caparaó visa realizar extensão rural e assistência técnica envolvendo docentes e alunos do Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura e de Técnico em Agropecuária do IFES - Campus Alegre e da Engenharia Agronômica do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho.

O trabalho busca investigar a situação de sistemas de produção de café por meio do levantamento da fertilidade do solo, e de dados de lavoura, de manejo, da produtividade e do produto café. Por meio dessa pesquisa, identificar e hierarquizar demandas de cada comunidade em questões de produção, pós-colheita e qualidade visando comercialização de café.

Além do estudo, a iniciativa vai capacitar produtores de café por meio de consultorias, palestras e minicursos quanto aos assuntos demandados nas comunidades. Com isso, contribuir para o entendimento e aplicação de técnicas de produção agroecológica, visando sustentabilidade econômica, ambiental e social.

Texto e fotos: Lucas Constantino

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